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Atualidades Cultura e Sociedade

Jabuti Acadêmico contempla dois docentes e dois títulos da Editora da Unicamp

Ana Frattini e Nima Spigolon foram premiadas nas categorias Engenharias e Educação e Ensino; as obras da Editora receberam prêmios em Artes e Letras, Linguística e Estudos Literários

Os vencedores das 29 categorias, que foram distribuídas em dois eixos: prêmios especiais e ciência e cultura
Os vencedores das 29 categorias, que foram distribuídas em dois eixos: prêmios especiais e ciência e cultura

Publicações ligadas à Unicamp venceram em quatro categorias da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico – uma nova modalidade de premiação dedicada às áreas científicas, técnicas e profissionais e promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Na categoria Engenharias, o primeiro lugar ficou para a pró-reitora de Pesquisa da Universidade, professora Ana Frattini, com o trabalho Tudo sob(re) controle. Já na categoria Educação e Ensino,  o vencedor foi o livro Elza Freire e Paulo Freire: noites de exílio, dias de utopia, da professora da Faculdade de Educação (FE) Nima Spigolon.

Também receberam prêmios dois livros editados pela Editora da Unicamp. Na categoria Artes, a publicação A melodia de Jobim, de Carlos Almada, levou o primeiro lugar e, na categoria Letras, Linguística e Estudos Literários, venceu o trabalho Pelo prisma rural: ensaios de literatura brasileira, de Fernando Cerisara Gil.

Na cerimônia da premiação, realizada na noite desta terça-feira (6) no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, anunciaram-se os vencedores das 29 categorias, distribuídas em dois eixos: prêmios especiais e ciência e cultura. Além de receberem a estatueta dourada do Prêmio Jabuti Acadêmico, os autores premiados ganharam R$ 5 mil.

A curadoria do prêmio ficou a cargo do físico Marcelo Knobel, comendador da Ordem do Mérito Científico, fellow de diversas organizações internacionais e reitor da Unicamp no período de 2017 a 2021.

A professora Ana Frattini (segunda à esquerda): Esse prêmio foi a coroação de todo o trabalho
A professora Ana Frattini (segunda à esquerda): Esse prêmio foi a coroação de todo o trabalho

Projeto na pandemia

Frattini conta que seu livro surgiu de uma inspiração, ainda do início da trajetória acadêmica, quando estava em um congresso internacional na Noruega. Ao apresentar ali um trabalho de doutorado, identificou na plateia o autor de um livro clássico. “Que susto! O livro tinha se materializado em um ser humano. Percebi então o enorme respeito que eu tinha por ele. Passado o susto, pensei: quero escrever um livro”, conta.

Depois de mais de duas décadas trabalhando como educadora e pesquisadora, Frattini concluiu o projeto do livro na pandemia. “Aquele seria o momento. O mundo conturbado, triste e solitário da pandemia foi confrontado pela empolgação de escrever um livro. Esse prêmio foi a coroação de todo o trabalho realizado naquele contexto”, avalia.

Para a pesquisadora, a nova premiação “representa um marco na valorização da ciência e dos pesquisadores acadêmicos”.

A autora Nima Spigolon (segunda à esquerda): O prêmio representa o reconhecimento da Unicamp por seu trabalho e seus investimentos
A autora Nima Spigolon (segunda à esquerda): O prêmio representa o reconhecimento da Unicamp por seu trabalho e seus investimentos

Elza e Paulo Freire

Spigolon conta que seu livro faz parte de uma pesquisa iniciada em 2006, quando chegou à Unicamp na condição de mestranda. Depois fez doutorado e tornou-se docente na FE, mas durante todo esse tempo manteve a ideia de estudar Elza Freire e Paulo Freire, seus vínculos com a educação, as desigualdades sociais, a cultura e as sociedades. “O reconhecimento da obra por meio do prêmio é um incentivo ao que ainda vai ser realizado e uma gratidão por tudo já feito até aqui”, disse.

“O prêmio representa o reconhecimento da Unicamp por seu trabalho e os investimentos nos campos da ciência, do ensino e do compromisso público com a sociedade e com a construção de um mundo mais digno, mais justo e mais solidário”, continua a professora.

Na sua avaliação, o fato de ter sido agraciada com esse prêmio revela haver uma esperança de tempos melhores. Para a professora, ter Elza Freire como tema central de um livro significa resistência aos golpes contra a democracia, às ditaduras, ao patriarcado e aos racismos.

“Desejo continuar a luta para que, por meio da educação, da ciência, da cultura, da arte, seja possível a vida digna, a preservação da natureza e a educação pública e popular para todos”, afirma.

A diretora da Editora da Unicamp, Edwiges Morato, lembra que o Prêmio Jabuti Acadêmico estimula o reconhecimento de obras que reúnem qualidades como relevância científica, qualidade editorial e pertinência social. E disso, segundo ela, decorre sua importância.

“Contemplada com duas premiações nessa primeira edição, a Editora da Unicamp saúda a celebração do livro acadêmico, esse instrumento por excelência da comunicação científica e da circulação do conhecimento,” disse.

Confira os premiados da Unicamp

Categoria Artes

A melodia de Jobim | Autor: Carlos Almada | Editora: Editora da Unicamp

Categoria Educação e Ensino

Elza Freire e Paulo Freire: noites de exílio, dias de utopia | Autora: Nima Spigolon | Editora: Pangeia Editora

Categoria Letras, Linguística e Estudos Literários

Pelo prisma rural: ensaios de literatura brasileira | Autor: Fernando Cerisara Gil | Editora: Editora da Unicamp

Categoria Engenharias

Tudo sob(re) controle | Autora: Ana Maria Frattini Fileti | Editora: Blucher

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Assista à cerimônia de premiação:

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