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Atualidades

Qual o potencial da África nas relações com o Brasil e com o mundo?

Professor do Instituto de Geociências e autor do livro “Africano: uma introdução ao continente”, Kauê Lopes dos Santos comenta aproximação com países como Egito e Etiópia

A crise diplomática entre o Brasil e o governo de Israel tomou conta dos noticiários brasileiros no retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma viagem de seis dias à África. Apesar disso, a viagem teve um saldo bastante positivo, na avaliação do professor Kauê Lopes dos Santos, do Instituto de Geociências da Unicamp. O professor é convidado do programa Analisa, para discutir a reaproximação do Brasil com países do continente africano, sobretudo os novos membros do Brics, Egito e Etiópia.

“Foi uma viagem estratégica para o governo brasileiro, no sentido de intensificar as relações com outros territórios do continente africano”, afirma o professor. Segundo ele, Egito e Etiópia, como novos membros do Brics, têm papel importante na agenda do Sul Global e representam portas de entrada ao mundo árabe e à Índia. “São países muito populosos e grandes economias dentro do continente, com potencial ainda a ser explorado”, destaca.

Lopes dos Santos comentou a expressão segundo a qual a África “é a última fronteira do capitalismo”, ressaltando que, embora a diversidade dos 54 países africanos possa até representar um objeto de disputa para o mundo extracontinental, estes países irão lidar com as forças externas de formas distintas.

Para o docente, a aproximação com os países africanos é uma marca dos governos Lula. “No passado o Egito já se abriu para nosso mercado de carne, e também há as relações de cooperação com a Embrapa com diversas parcerias na África ocidental, na produção de algodão, e com a Fiocruz, no desenvolvimento de tratamento de doenças tropicais”, detalha.

O professor ainda afirma que, nos últimos 20 anos, houve uma transformação significativa na forma como as economias africanas têm se organizado. De acordo com ele, houve uma ampliação do investimento em commodities como produtos agrícolas e minerais, ao mesmo tempo em que lideranças africanas passaram a investir em infraestrutura e na diversificação da economia, diminuindo a vulnerabilidade econômica dos países.

Assista ao programa:

Ficha técnica: 

Produção: Patrícia Lauretti e Ronei Thezolin

Apresentação: Patrícia Lauretti

Imagens: Marcos Botelho Jr.

Direção de imagens: João Ricardo – Boi

Capa: Alex Calixto

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