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quarta 26 nov
19:00
    Documentário ‘Nãsêpôtiti, rio, terra e luta Panará’ será lançado no Instituto de Química
    Documentário ‘Nãsêpôtiti, rio, terra e luta Panará’ será lançado no Instituto de Química

    A história do primeiro contato com o homem “branco”, a ida forçada para o Parque Indígena do Xingu, a mortandade de peixes no rio Iriri e as investigações sobre as suspeitas de contaminação da principal veia hídrica do povo Panará estão no documentário “Nãsêpôtiti, rio, terra e luta Panará”, uma produção da Associação Iakiô e da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp (SEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O filme tem estreia prevista para o dia 26 de novembro, às 19h, no Auditório Inés Joekes, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp.

    “Nãsêpôtiti, rio, terra e luta Panará” concretizou o desejo de uma das principais lideranças daquele povo, o ancião Akââ Panará, que chamou a atenção para a necessidade de levar ao conhecimento das autoridades brancas, as ameaças ao rio, ao povo e ao território. 

    A terra indígena Panará foi homologada em 2001 e está localizada na Amazônia Legal, incluída em parte dos Estados do Mato Grosso e do Pará, nos municípios de Guarantã do Norte (MT), Matupá (MT) e Altamira (PA). A população indígena é de cerca de 700 habitantes, hoje representados pela Associação Iakiô, criada na década de 1990 para receber uma indenização da União e da Funai pela morte de centenas de Panará durante a construção da BR -163 (Rod.Cuiabá Santarém), na década de 70, que culminou no primeiro contato do povo Panará com os não indígenas. 

    O documentário apresenta registros da história oral Panará, que além de atender ao desejo de Akââ, manifestado para as pesquisadoras da Unicamp durante uma conversa na aldeia Nãsêpôtiti, compõem parte do projeto de pesquisa coordenado pela Profa. Cassiana Montagner do Instituto de Química. A convite da Associação Iakiô, desde  2023, o projeto avalia a segurança hídrica da bacia do rio Iriri, envolvendo alunos de pós-graduação e diversos bolsistas Panará. A partir do contato de Montagner com a SEC, as repórteres Hebe Rios e Bruna Mozer, e o repórter cinematográfico Marcos Botelho Jr. estiveram na TI Panará nos períodos de agosto e setembro de 2024 para realização do documentário. A equipe de reportagem da SEC realizou os registros audiovisuais, uma série de reportagens multimídia e o documentário.

    Os anciãos e anciãs indígenas (os tapuntun e as tuatun, respectivamente), conhecem aquele território desde antes da tomada das terras pela política desenvolvimentista do governo da ditadura militar. A abertura da BR-163, na década de 1970, cortou a terra indígena Panará, expulsou seus moradores e provocou mortes, abrindo espaço definitivo para a exploração descontrolada e predatória, por meio do garimpo e, mais tarde, do agronegócio. De uma população de cerca de 800 indígenas, ficaram apenas cerca de 70.

    Hoje, os Panará vivem em um território cada vez mais ameaçado pela proximidade com as grandes fazendas e pelas técnicas de manejo do solo, como a aplicação intensiva de agrotóxicos, por exemplo. Ao serem carreados para o rio Iriri, agrotóxicos e fertilizantes podem provocar mortandades de peixes e uma série de consequências para a vida do povo Panará. As mais recentes foram registradas em junho de 2025, em 2017 e em 2003. As mudanças climáticas também têm alterado o regime de chuvas e a produção das roças, afetando diretamente o sustento das aldeias que vivem exclusivamente dos recursos naturais da terra indígena Panará. 

    “Nãsêpôtiti, rio, terra e luta Panará” foi dirigido pela jornalista Hebe Rios, responsável também pelo roteiro e edição de texto, com apoio do ex-presidente da Associação Iakiô, Pasyma Panará. O trabalho de edição de imagens foi conduzido pelo editor Kleber Casabllanca com finalização de Diohny C. Andrade. A supervisão foi da coordenadora de audiovisual da SEC, Patrícia Lauretti.

    AGENDA DE EXIBIÇÕES

    DIA: 26/11
    Hora: 19h
    Local: Instituto de Química (IQ)
    Rua Monteiro Lobato, 270

    Dia: 27/11
    Hora: 19h
    Local: Espaço Cultural Casa do Lago
    Avenida Érico Veríssimo, 1011 – Cidade Universitária

    DIA: 03/12
    Hora: 19h
    Associação de Docentes da Unicamp (ADunicamp)
    Avenida Érico Veríssimo, 1479, Cidade Universitária

    Dia: 04/12
    Hora: 19h
    Local: Instituto Pavão Cultural
    Rua Maria Tereza Dias da Silva, 708 – Cidade Universitária

    Dia 11/12
    Hora: 19h
    Local: Museu da Cidade
    Avenida Dr. Heitor Penteado, 2145, Parque Taquaral 

    DIA 14/12
    Hora: 19h30
    Local: Museu da Imagem e do Som (MIS)
    Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas

    Dia 18/12
    Hora: 19h
    Local: Casa de Cultura Aquarela
    Rua Antônio Carlos Neves, 338, Chácaras Campos Elíseos

    Assista ao Teaser

    (Da Redação)

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