A Unicamp é a segunda melhor universidade da América Latina, aponta o Times Higher Education (THE) Latin America University Ranking 2024, divulgado nesta terça-feira (12). Criada em 2016 e um dos rankings universitários mais relevantes do meio acadêmico mundial, a avaliação, neste ano, baseou-se na análise de 214 universidades de 16 países latino-americanos e do Caribe.
O ranking não apenas indica a evolução da Unicamp, classificada em terceiro lugar no ano passado, mas também a coloca na primeira posição geral na categoria Ensino, na América Latina, conforme ressalta o reitor Antonio José de Almeida Meirelles. “A subida da Unicamp do terceiro para o segundo lugar na América Latina é reflexo dos esforços desta gestão para elevar a já reconhecida qualidade das atividades acadêmicas da Universidade, de modo que estejam em consonância com as principais demandas da sociedade contemporânea.”
Para elaborar a classificação final, consideram-se cinco categorias, que recebem pesos diferentes: Ensino (peso de 35%); Ambiente de Pesquisa (33,5%); Qualidade da Pesquisa (20%); Perspectiva Internacional (7,5%); e Indústria (4%). Além de computar a maior pontuação de todas as instituições avaliadas na categoria Ensino, a Unicamp se destacou também em três outras das cinco examinadas, ficando com a terceira melhor nota geral em Ambiente de Pesquisa, Indústria e Qualidade de Pesquisa.
Segundo Sarti, mesmo com os bons resultados no quesito Indústria já nesta edição, a Universidade deve melhorar seu desempenho nos próximos anos. “A atuação da Inova Unicamp [Agência de Inovação da Unicamp] e os investimentos que recebemos recentemente para o desenvolvimento de pesquisas na área de energia certamente vão trazer resultados relevantes futuramente. Precisamos, porém, melhorar nosso desempenho em Perspectiva Internacional”, analisa o pró-reitor.
Realizada pela consultoria britânica THE, a avaliação envolveu a análise de 157 milhões de citações (em 18 milhões de publicações científicas do mundo todo), combinada a um trabalho de compilação de dados de reputação que incluiu respostas de mais de 93 mil acadêmicos, de diversas nacionalidades. Para melhorar o monitoramento da qualidade da pesquisa feita nas instituições examinadas, neste ano, foram adotadas três novas métricas, que permitiram considerar não apenas o impacto das citações ponderadas, mas também a robustez, a excelência e a influência de cada pesquisa.