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Atualidades Inovação Pesquisa

Unicamp terá centro de educação física inclusiva e esporte paralímpico

Em fase de implantação, projeto terá parcerias com escolas municipais de Campinas, Valinhos, Vinhedo, Itatiba e Leme

A Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp sediará o Centro de Pesquisa e Inovação em Equidade, Educação Física Inclusiva e Esporte Paralímpico, projeto selecionado pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento (CCD), programa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “A FEF tem tradição no campo da atividade física adaptada. O centro irá reconhecer essa história, alavancar esse campo de conhecimento e ajudar a disseminar o paradesporto em nossa sociedade”, afirma a docente Maria Luiza Tanure Alves, coordenadora do projeto, que abordou o tema dos esportes adaptados em seu mestrado e seu doutorado.

A coordenadora do projeto, Maria Luiza Tanure Alves: o esporte é um direito
A coordenadora do projeto, Maria Luiza Tanure Alves: o esporte é um direito

“Fomos protagonistas nos estudos dessa área no Brasil, e chegou o momento de a FEF ter esse centro e retomar o papel fundamental da Unicamp nos esportes adaptados”, destaca o diretor da unidade, Odilon José Roble. “É um projeto de grandes proporções, o primeiro com essa dimensão. Já fizemos muita coisa, mas de grande vulto é o mais significativo.”

O centro agrupará pesquisa, realização de eventos e atuação na formação de professores capacitados. No projeto, há parcerias com escolas municipais de Campinas, Valinhos, Vinhedo, Itatiba e Leme e com um conjunto de confederações esportivas, que representam diferentes modalidades dos esportes paralímpicos.

Para incentivar os esportes paralímpicos nas escolas, será necessário capacitar professores e, para acompanhar os atletas, seguir os cronogramas das competições de cada confederação.  “É muito mais que um projeto de pesquisa único, é um projeto que terá pesquisadores de todo o Brasil”, ressalta a coordenadora. “Nosso objetivo é ousado, pois pretendemos colocar o esporte paralímpico como conteúdo curricular.”

No projeto estão previstas duas linhas de atuação, a primeira nas escolas, com foco no fomento às políticas públicas para o paradesporto, e a segunda com ênfase no monitoramento de paratletas de alto rendimento, desde sua iniciação. “Também faremos atividades diversificadas com a comunidade”, continua a professora, que ressalta que o Adapta FEF, festival realizado na faculdade com alunos das escolas de Campinas, serviu de embrião para parte do projeto.

O diretor da FEF, Odilon José Roble: formação de professores
O diretor da FEF, Odilon José Roble: formação de professores

Alves enfatiza que, hoje, todas as escolas têm alunos que apresentam algum tipo de deficiência. “Na educação física, há dificuldade para que todos tenham acesso ao esporte. Mas é preciso ressaltar que o esporte é um direito e não um privilégio. Com o centro de pesquisa, assumimos nossa responsabilidade dentro de uma perspectiva nacional, já que teremos parcerias com pesquisadores de todas as regiões do Brasil e com três internacionais, dois da Inglaterra e um dos Estados Unidos”, adianta.

As atividades nas escolas devem começar com o início do ano letivo de 2026. “A receptividade está sendo boa, as prefeituras vão receber capacitação, a questão de como dar aula de educação física inclusiva será suprida e terá uma organização curricular.”

No modelo proposto, os alunos vão aprender esportes tradicionais e paralímpicos ao mesmo tempo. “Em 2019, fizemos um projeto em escala menor, também financiado pela Fapesp, no qual todos os alunos, mesmo os sem deficiência, experimentaram as modalidades paralímpicas. Eles aprovaram e se divertiram, o basquete em cadeira de rodas foi um sucesso”, conta a coordenadora.

Foto de capa:

FEF sediará o Centro de Pesquisa e Inovação em Equidade, Educação Física Inclusiva e Esporte Paralímpico, projeto selecionado pelo Cepid, programa financiado pela Fapesp
FEF sediará o Centro de Pesquisa e Inovação em Equidade, Educação Física Inclusiva e Esporte Paralímpico, projeto selecionado pelo Cepid, programa financiado pela Fapesp
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