O grupo campineiro GiraSaia apresentou um espetáculo de ritmos afro-brasileiros na programação da 14ª edição da Bienal Sesc de Dança, nesta terça-feira, 2 de setembro, no Sesc-Campinas. O evento, que ocorre de 25 de setembro a 5 de outubro, comemora dez anos na cidade após as quatro primeiras edições em Santos. Ao todo, serão 80 atividades, entre espetáculos, performances, instalações e ações culturais, com a presença de artistas de 18 países e de dez estados brasileiros. Os ingressos começam a ser vendidos nesta quarta-feira (veja abaixo).
A Unicamp, apoiadora do evento, receberá espetáculos na Casa do Lago, no campus, e no CIS-Guanabara, no bairro Guanabara, em Campinas. A pró-reitora de Extensão, Esporte e Cultura da universidade, Sylvia Furegatti, representando o reitor Paulo Cesar Montagner, destacou a longeva parceria da Bienal com a Universidade. “Esse evento é inquestionável pela sua importância, porque valoriza a dança e a arte e coloca a Unicamp num eixo representativo que a atual gestão valoriza muito, trazendo um equilíbrio bastante desejado entre as áreas do conhecimento, seja no ensino, na pesquisa e na extensão.”
“O Sesc-Campinas é reconhecido como grande representante da dança contemporânea. Conhecemos o sucesso das edições anteriores, que trazem público do Brasil todo e artistas internacionais. Temos muita expertise na área de dança na Unicamp, é muito claro para quem trabalha com arte e cultura que a Universidade educa, forma e constrói projetos que precisam transbordar para a sociedade. Certamente, o curso de dança e o Instituto de Artes (IA) terão participação ativa no evento”, completou.

A gerente de ação cultural do SESC-SP, Erika Mourão Trindade Dutra, representando Luiz Galina, diretor do Sesc São Paulo, recebeu os convidados e reforçou a identidade do evento. “É o compromisso das pessoas para com as pessoas”, resumiu. A Prefeitura de Campinas, que também é parceira, foi representada pela secretária de Cultura, Alexandra Caprioli. “Essa é uma bienal de relevância, pois reforça como a dança é plural, diversa e viva. É um privilégio para a cidade acolher o evento.”
Um grupo representando os curadores que selecionaram os espetáculos encerrou com uma apresentação geral. Entre companhias de dança cênica, urbana, popular, experimental e comunitária, com uma mistura de tradição e vanguarda e a reunião de artistas consagrados e revelações, a 14ª edição da Bienal terá performances de rua, intervenções em espaços públicos e atividades para as crianças. A programação inclui ainda um projeto educativo inédito de mediação em dança e a presença de uma banca com publicações especializadas. “Assim, o festival cria uma rede de experiências, contextos e linguagens, convidando o público a habitar a dança em suas múltiplas formas de expressão, reflexão e convivência”, destacou Maitê Lacerda, uma das curadoras.
O espetáculo de abertura, no dia 25 de setembro, quinta-feira, às 19h30, no Sesc-Campinas, será O Balé que Você Não Vê, recente criação do Balé Folclórico da Bahia, uma montagem que leva o público aos bastidores da companhia para mostrar os desafios de quem mantém viva a dança afro-baiana profissional no Brasil.
Durante a programação, a Temporada França-Brasil 2025, que comemora os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países, também foi contemplada. Cinco espetáculos da França continental, de Guadalupe e de ex-colônias francesas integram a programação, com apoio do Institut Français. Um dos destaques é a bailarina e coreógrafa Lēnablou, de Guadalupe, território ultramarino francês, que apresentará o espetáculo Le Sacre du Sucre [O Rito do Açúcar] e fará dois encontros teórico-práticos com o público sobre seus temas de pesquisa.


Campinas no palco
Campinas reforça a diversidade do evento, com a presença de artistas e coletivos, como o espetáculo do grupo A Belíssima Casa de Odara, que apresentará O Grande Baile, com sete horas de duração, um mergulho na cena ballroom, com performances e batalhas marcadas pela pluralidade das culturas negras, LGBTQIAPN+ e periféricas.
O grupo GiraSaia apresentará o espetáculo Saias, com maracatu, jongo, ijexá e samba de roda, no qual a saia se torna símbolo de força e liberdade, conduzindo danças, poemas, percussão e cantos que evocam ancestralidade e feminilidade. Já a apresentação Flow & Flava, da Cia. Eclipse Cultura e Arte, recriará a vibração do hip-hop em encontros performáticos e batalhas de breaking. E o coletivo SalaMUDA promoverá uma jam infantil, com sons, improvisos e a prática da “sombra”, que usa o corpo para traduzir ritmos, a partir de estilos que vão do hip-hop à dança contemporânea.
Agenda
14ª Bienal Sesc de Dança – de 25 de setembro a 5 de outubro
Programação completa no site.
Venda de ingressos a partir desta quarta-feira (3 de setembro), às 15h, online no aplicativo Credencial Sesc SP, na Central de Relacionamento Digital, e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc.
Foto de capa:
