Começaram hoje (11) na Unicamp as provas de habilidades específicas do Vestibular 2025. Até sexta-feira, os candidatos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança passarão, durante o período da manhã e da tarde, por avaliações sobre conteúdos teóricos e práticos.
A bateria de provas dura um dia, com exceção do curso de Artes Visuais, que prevê um segundo dia de entrevista com os candidatos. Quem não comparecer em alguma das provas será desclassificado.
As provas para Arquitetura e Urbanismo são divididas em duas partes e têm o propósito de avaliar as capacidades e identificar o potencial dos vestibulandos em três categorias: domínio espacial e abstrato, observação da paisagem e seus elementos e a linguagem não verbal a partir do desenho e da expressão gráfica.
No período da manhã, o candidato encontrará questões relacionadas com elementos espaciais e geométricos básicos. A tarde fica reservada para atividades de desenho nas quais abordam-se aspectos relativos à percepção, observação, memória e criatividade. Também poderão ser apresentados temas relacionados à paisagem da cidade e a seus elementos constitutivos, quando será avaliada a habilidade do candidato ao se expressar graficamente.
Nas Artes Cênicas, os candidatos passarão por uma prova teórica, uma de aula prática e uma de palco. Três duplas de professores farão parte da banca de avaliadores e têm como responsabilidade promover experiências específicas de interpretação, de corpo, de voz e de canto.
Segundo Marcelo Mazzaratto, coordenador do Vestibular e docente do curso de Artes Cênicas, ainda que se trate de um processo de avaliação, as provas oferecem “momentos prazerosos porque acaba acontecendo uma transmissão de conhecimento quando se está a realizá-las”. “As provas de habilidades específicas das Cênicas são muito bacanas. Os candidatos, geralmente, saem muito felizes delas porque o modo como a gente constrói as provas permite que eles aprendam muito”, conta. Com quatro candidatos por vaga, as Artes Cênicas organizam essa avaliação de modo a verificar se os candidatos têm a capacidade criativa e reflexiva necessária para aproveitarem o curso.
Já as provas de habilidades específicas de Artes Visuais dividem-se em duas partes: história da arte e expressão plástica. No dia seguinte, a banca avaliadora entrevista os candidatos. “As provas de história da arte são amplas e baseadas na bibliografia disponibilizada para a prova. Não se espera que seja demonstrado um conhecimento profundo sobre a história da arte, mas que a pessoa tenha uma noção do que é esse universo”, explica Edson Ziggiatti Monteiro, coordenador do Vestibular e docente do curso.
Na segunda parte, que prevê uma prova de expressão visual, mobilizam-se todas as competências necessárias para uma produção visual criativa: o pensamento visual, o trabalho com os materiais, a busca por soluções mais interessantes em termos visuais. Segundo Monteiro, a última parte, que consiste na entrevista, permite conhecer um pouco melhor os candidatos e, principalmente, esclarecer o que o curso oferece e não oferece.
No caso do curso de Dança, os candidatos passam por duas etapas de provas de habilidades específicas. A primeira contém exercícios em técnicas de dança no qual pretende-se descobrir se o candidato possui noção de musicalidade, de postura, de espaço e de coordenação motora, entre outros aspectos. A segunda etapa consiste em um exercício de improvisação.
“Além de gostar muito de dança, o candidato precisa ter o mínimo de aptidão para não querer sair do curso ou desistir. A prova de improvisação, para a qual se preparam durante quase seis meses, inclui um estudo coreográfico com uma inspiração, mesmo sem música”, explica Paula Caruso, coordenadora e docente do curso.
De acordo com a professora, não importa qual a linguagem ou a origem do candidato – uma academia ou um grupo de dança, trabalhando com balé, dança contemporânea, danças urbanas ou jazz. “Cada vez mais, há perfis muito diferentes, o que é considerado algo extremamente positivo”, afirma. “O objetivo [da prova] é avaliar se o aluno, além de gostar muito de dança, tem um mínimo da aptidão necessária para não desistir do curso”, explica Caruso, ressaltando se tratar de uma graduação que exige muita dedicação. “A prova busca exatamente identificar esse potencial.”