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O reitor da Unicamp Antonio Meirelles e a diretora do Fermilab Lia Merminga
O reitor da Unicamp Antonio Meirelles e a diretora do Fermilab Lia Merminga

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, assinou nesta quarta-feira (20), em Chicago (Estados Unidos), a renovação do acordo da Universidade com o Fermilab – o laboratório especializado em física de partículas do Departamento de Energia dos Estados Unidos. O Fermilab lidera o projeto internacional para a instalação do LBNF/DUNE (Long-Baseline Neutrino Facility/Deep Underground Neutrino Facility), o programa internacional de pesquisa para a detecção de neutrinos. Meirelles foi recebido pela diretora do laboratório norte-americano, Lia Merminga.

O reitor conheceu detalhes sobre o funcionamento do Fermilab, visitou o CCD lab (laboratório de tecnologia de detecção de neutrinos) e o Centro de Materiais e Sistemas Quânticos Supercondutores (SQMS, na sigla em inglês), um dos cinco Centros Nacionais de Pesquisa em Ciência da Informação Quântica do Departamento de Energia norte-americano.

Vista geral do Laboratório do Experimento G-2 de investigação sobre múons (partículas elementares similares aos elétrons)
Vista geral do Laboratório do Experimento G-2 de investigação sobre múons (partículas elementares similares aos elétrons)

Visitou ainda o laboratório responsável pela pesquisa e pelo desenvolvimento de aceleradores de partículas, o SBND (Short-Baseline Neutrino Detector), similar ao LNBF, mas localizado próximo à fonte de produção de neutrinos. O reitor também esteve no laboratório que conduz o experimento G-2, de investigação sobre múons (partículas elementares similares aos elétrons). E, por fim, reuniu-se com a equipe de pesquisadores brasileiros que atuam no Fermilab.

“Essa foi uma visita extremamente promissora. Assinamos a renovação da colaboração com o Fermilab, iniciando nossa participação na fase II do DUNE, agora com financiamentos da Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo] e do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]”, disse o reitor. “Além disso, tive a oportunidade de visitar diversos laboratórios e de conhecer várias iniciativas do Fermilab. Trata-se agora de fortalecer ainda mais essa cooperação e de ampliar as oportunidades de intercâmbio para nossos alunos e pesquisadores.”

Considerado o experimento de neutrinos mais ambicioso do mundo, o DUNE prevê a instalação de um grande detector de neutrinos no Estado norte-americano de Dakota do Sul. Esse detector ficará a 1.400 metros de profundidade e a 1.300 quilômetros de distância da cidade de Chicago, onde o feixe de partículas será gerado.

O reitor em visita ao Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia de Aceleradores
O reitor em visita ao Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia de Aceleradores

A expectativa é que ele possa deixar os cientistas mais próximos de resolver alguns dos maiores mistérios da física, incluindo a busca pela origem da matéria e o aprendizado sobre supernovas e a formação de buracos negros. O projeto envolve mais de 200 instituições de pesquisa de 35 países e aproximadamente 1.400 cientistas do mundo inteiro.

A Unicamp coordena a equipe brasileira e é a principal representante nacional no projeto. A participação brasileira concentra-se no desenvolvimento da tecnologia de fotodetecção e na produção de argônio líquido altamente puro, elementos considerados essenciais para o experimento.

Caverna

Cinco dias antes, o reitor e a coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, estiveram na cerimônia de conclusão dos trabalhos de construção de duas cavernas de sete andares onde serão colocados os detectores e de uma caverna central menor. Os trabalhos de escavação começaram em 2021 e mais de 800 mil toneladas de rocha foram removidas do subsolo.

Os dois detectores serão preenchidos com 17 mil toneladas de argônio líquido resfriado à temperatura de 184 graus Celsius negativos para registrar e estudar os neutrinos.

O reitor Antonio Meirelles com pesquisadores brasileiros que atuam no Fermilab:  ampliar as oportunidades de intercâmbio
O reitor Antonio Meirelles com pesquisadores brasileiros que atuam no Fermilab: ampliar as oportunidades de intercâmbio

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