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Atualidades

Consu aprova título de professor emérito para Fernando Galembeck, Jaime Cury e Marlies Sazima

O reitor Antonio Meirelles avalia se tratar de docentes que promoveram uma pesquisa acadêmica de excelência

Em uma sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira (6), o Conselho Universitário (Consu) aprovou as propostas de concessão do título de professor emérito aos docentes aposentados Fernando Galembeck, do Instituto de Química (IQ), Jaime Cury, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), e de professora emérita Marlies Sazima, do Instituto de Biologia (IB).

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, avalia que os indicados guardam similaridades entre si, já que, segundo disse, trata-se de docentes que promoveram uma pesquisa acadêmica de excelência e que também produziram resultados com impacto direto na qualidade de vida da população em geral. “Esses são profissionais capazes de construir uma carreira sólida, mas que também puderam gerar conhecimento responsável por transformar a sociedade”, afirmou o reitor.

A coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, salientou o fato de os indicados terem saído de diferentes áreas, em uma demonstração, segundo ela, de que a Universidade consegue produzir profissionais de qualidade em vários setores do conhecimento. A coordenadora-geral ainda chamou a atenção para a presença de uma mulher na lista de indicados. “Precisamos estimular a equidade de gênero.”

Fernando Galembeck

Fernando Galembeck

Galembeck é professor titular aposentado do IQ. Seu perfil acadêmico, contudo, ultrapassou os limites do instituto, e o profissional consolidou-se a nível institucional, nacional e internacional como um dos mais proeminentes cientistas brasileiros da atualidade, segundo relatório de uma comissão formada pelos professores Júlio Hadler, Adley Rubira, Gilberto Fernandes Sá, Marco Antonio Chaer e Norberto Peporine Lopes.

O impacto de Galembeck na química brasileira mostra-se tão relevante que a Sociedade Brasileira de Química criou em 2006 o Prêmio SBQ Inovação “Fernando Galembeck”. Complementando a honraria, a sociedade lhe atribuiu a primeira edição do prêmio. O docente ganhou nada menos que 15 prêmios – concedidos por instituições nacionais e internacionais –, entre eles o de pesquisador emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Fica muito claro, portanto, que ele ultrapassou todas as barreiras do conhecimento em sua área, e a Universidade deve se orgulhar de ter um professor dessa dimensão”, disse Coelho.

Galembeck iniciou a carreira acadêmica na Unicamp em 1980, já como professor titular. Aposentou-se em 2011 e atua desde então como professor convidado. Além das atividades de ensino, pesquisa e extensão, o professor também atuou nas áreas de gestão e administração de pesquisa de várias instituições.

Jaime Cury

Jaime Cury

A trajetória de Jaime Cury na Unicamp foi marcada por um desempenho exemplar em atividades didáticas, de pesquisa e de extensão, segundo o relatório da comissão formada pelos professores Francisco Haiter Neto, Carlos Estrela e Isabela Almeida Pordeus.

“Devido ao seu excepcional desempenho acadêmico multidisciplinar, tanto na docência quanto na pesquisa, Jaime Cury se notabilizou como um mentor singular para uma ampla gama de professores e pesquisadores, tanto no Brasil quanto no exterior”, diz o relatório.

Sua atividade como orientador soma um total de 47 dissertações de mestrado, 45 teses de doutorado, 21 trabalhos de iniciação científica e 3 supervisões de pós-doutorado. Os colegas lembram que as contribuições científicas de Cury, assim como sua distinção no exercício dessas atividades, “são amplamente reconhecidas”.

E lembram ainda que, há mais de 30 anos, Cury é bolsista de produtividade do CNPq, ocupando nos últimos anos o nível 1-A. De 1976 a 2023, o docente produziu 374 artigos, 4 livros e 36 capítulos de livro.

A pesquisa de Cury abrange, entre outros assuntos, o uso seguro do fluoreto por crianças pequenas. Por mais de uma década, ele tem investigado o peso da dieta e do creme dental fluoretado na ingestão de fluoreto por crianças que se encontram na faixa etária de risco para o desenvolvimento de fluorose.

Destacado como um profissional de renome internacional, Cury acumulou várias premiações ao longo de sua carreira, entre elas o Reconhecimento da Regional Latino-Americana da International Association for Dental Research (IADR) em 2011 e o prêmio da Organização Europeia de Pesquisa de Cárie (Orca, na sigla em inglês) em 2012.

Marlies Sazima

Marlies Sazima

Professora titular, MS-6, Sazima conta com uma vasta experiência na área de botânica, com ênfase em biologia da polinização. Atualmente, trabalha com temas como polinização, beija-flores, morcegos, abelhas e Mata Atlântica. Sazima possui graduação, mestrado e doutorado em ciências biológicas pela Universidade de São Paulo (USP).

A comissão especial que emitu o parecer submetido ao Conselho Universitário para a concessão do título de professora emérita a Sazima foi elaborado pelos professores José Antonio Rocha Gontijo, Ariadna Valentina Lopes e Silvana Buzato.

De acordo com o relatório encaminhado ao Conselho do Departamento de Biologia Vegetal do IB pela professora Sandra Maria Carmello-Guerreiro, Sazima preenche “todos os requisitos para o título”, tendo publicado mais de 190 artigos científicos na área de atuação e 13 capítulos de livro, tendo formado 30 mestres e 38 doutores e tendo supervisionado cinco pós-doutorandos, com 1.729 citações, índice H:24 no Web of Science e 7.486 citações no Dimensions.

Suas pesquisas pioneiras e de excelência a respeito da polinização, realizadas desde 1972 na Unicamp, permitiram a formação de uma geração de biólogos competentes na área e comprometidos na difusão do conhecimento sobre o assunto, ocupando hoje posições de destaque em universidades e centros de pesquisa no país e no exterior.

Em 2014, quando Sazima completou 70 anos, orientados da professora organizaram o livro Biologia da Polinização como homenagem à sua trajetória de ensino e pesquisa. Essa publicação foi financiada com recursos do projeto Conservação e Manejo de Polinizadores para uma Agricultura Sustentável Através de uma Abordagem Ecossistêmica, apoiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).

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