A Unicamp será a sede de cinco dos 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), segundo a Fapesp. O objetivo dos centros é enfrentar os desafios em áreas como saúde, energia, agricultura, tecnologia assistiva e iluminação pública, com um investimento total de aproximadamente R$ 130 milhões.
A universidade já abriga três CCDs financiados pela fundação. Com o anúncio, passará a ter oito centros. A pró-reitora de Pesquisa, Ana Frattini, comemora a novidade e enfatiza a importância da criação dos novos espaços. “Nesses centros recém-aprovados, a ciência deverá impactar rapidamente a sociedade e/ou o meio ambiente, gerando sustentabilidade e eficiência com as soluções propostas. E o melhor: subsidiando as políticas públicas do estado e dos municípios. Com uma interação dialógica com a sociedade, os CCD’s se constituem em uma forma relevante de dar vida e brilho à produção intelectual da universidade”, afirmou.
Um deles será o Centro Paulista de Estudos em Biogás e Bioprodutos – CP2B, que terá como sede o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Unicamp. O CP2B desenvolverá pesquisas sobre biogás e bioprodutos em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura e a Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas.
Outro será o Centro Paulista de Inovação em Serviços de Iluminação Pública – CePISIP, que também será sediado na Unicamp, no Nipe, e trabalhará em colaboração com a Prefeitura Municipal de Conchal e outras entidades.
Na área da saúde, a Unicamp abrigará o Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilíngue de Surdos – TAEB, que se ligará à Faculdade de Ciências Médicas (FCM), com o objetivo de criar tecnologias assistivas para a educação de surdos, colaborando com a Secretaria Municipal de Educação de Campinas.
Já o Centro de Ciência para o Desenvolvimento – Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras terá como sede a Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação e terá como foco o uso da inteligência artificial para a quebra de barreiras de comunicação.
Por fim, o Centro de Pesquisa de Lignina Grafitizada para Transformação de Solos Agrícolas e Ambientais – C-Liga desenvolverá tecnologias para melhorar a qualidade dos solos agrícolas e ambientais, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ambientais e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, tendo como sede o Centro de Componentes e Semicondutores (CCSNano).
Todos os centros operam em modelo de cofinanciamento, de maneira que a cada R$1 solicitado e financiado pela Fapesp, as entidades parceiras devem aportar o mesmo valor. O financiamento, a depender da proposta, tem duração de cinco anos.