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Manchete

Desafio para municípios, gestão de resíduos se consolida na Unicamp

No Dia Mundial do Meio Ambiente, reportagens especiais, em vídeo e áudio, mostram iniciativas de sustentabilidade desenvolvidas na Universidade

O manejo de resíduos sólidos urbanos constitui um dos principais desafios para os municípios do país que precisam se adequar ao Novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020. As prefeituras têm prazos para cumprir uma série de metas, dentre as quais a adoção de instrumentos de cobrança para a prestação desse tipo de serviço.

A última edição de 2023 do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, documento publicado anualmente pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), revela que, dos 71,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil em 2022, cerca de 33,3 milhões tiveram destinação ambientalmente inadequada. Além disso, pouco ou nada se avançou em relação à diminuição dos padrões de consumo.

Com uma população estimada em cerca de 45 mil pessoas, entre estudantes, servidores e visitantes – somente no campus de Barão Geraldo, em Campinas –, a Unicamp produz, em média, 400 toneladas de resíduos biológicos, químicos e radioativos classificados como perigosos, além de lixo comum reciclável e não reciclável. Essa quantidade considera a geração de resíduos nos campi de Campinas, Piracicaba e Limeira, e ainda em Paulínia, no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA).

Assista à primeira reportagem da série:

A gestão de resíduos na Unicamp tem garantido colocações de destaque à Universidade em rankings de avaliação ambiental mundial, como o The Impact e o Green Metrics. O QS World University Rankings, uma das avaliações universitárias anuais publicadas pela consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS), também aponta o quesito sustentabilidade entre os nove indicadores avaliados.

Em uma série de cinco reportagens em vídeo, a Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente mostrando como é feito o gerenciamento de resíduos pela instituição, os exemplos que a tornaram referência para outras universidades e os desafios que estimulam a necessidade de constante aprimoramento.

A primeira reportagem apresenta as etapas de manejo de resíduos estabelecidas pela Resolução 222, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cumpridas pela gestão de resíduos perigosos, principalmente os químicos e os biológicos, e explica a importância do Plano de Gerenciamento de Resíduos Local, implementado pela Gestão Ambiental e de Resíduos (Geare). Já a segunda reportagem evidencia o papel dos facilitadores, funcionários da Unicamp que se dedicam a divulgar práticas ambientais e de gestão e a treinar professores e alunos quanto às normas de descarte, identificação e armazenamento. As inovações do programa de gestão de resíduos da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) são o tema da terceira reportagem. Por fim, a gestão dos resíduos radioativos é tratada no quarto episódio, que traça um panorama dos desafios encontrados na gestão dos resíduos da construção civil e da atenção demandada pela área da saúde, encerrando a série.

Sustentabilidade na aviação

Além da série de reportagens sobre o manejo de resíduos sólidos, a SEC ainda lança nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, uma reportagem em áudio sobre a sustentabilidade dos combustíveis destinados à aviação. O desafio da aviação civil mundial é reduzir os gases de efeito estufa provenientes da queima do querosene. De acordo com o professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp (FEM), Arnaldo Cesar da Silva Walter, o setor é responsável por até 2,5% das emissões totais de gases de efeito estufa, com a tendência de rápido crescimento. Segundo o docente, a partir de 2027 as companhias de aviação, inclusive as empresas brasileiras, já terão que reduzir suas emissões em voos internacionais.

Ouça abaixo a reportagem sobre sustentabilidade do combustíveis usados na aviação:

Uma das alternativas para a transição energética no setor é a substituição do querosene pelo combustível sustentável de aviação, o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel). Produzido a partir de fontes renováveis, este combustível pode reduzir a emissão de CO2 entre 70% e 90%, em comparação com o querosene fóssil.

O Brasil é um dos países que podem liderar o desenvolvimento do SAF em larga escala e, como contribuição, a Unicamp lançou recentemente uma plataforma aberta sobre as matérias-primas brasileiras mais promissoras para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação. A iniciativa foi desenvolvida pela FEM em parceria com o Centro Conjunto de Pesquisa em Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação, mantido em conjunto pelas fabricantes Boeing e Embraer.

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